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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Após 9 meses “no vermelho”, saldo de empregos no RN volta a crescer


Depois de apresentar nove resultados mensais negativos, ininterruptos, desde outubro de 2015, e o mês de julho com saldo praticamente nulo, o Rio Grande do Norte, finalmente, voltou a apresentar balanço positivo no emprego com carteira assinada. Em agosto, de acordo com dados do CAGED, o volume de admissões superou o de desligamentos, gerando um saldo de 2.237 empregos gerados no estado, fazendo o número de empregados crescer 0,52% (detalhe no gráfico anexo). O Nordeste também assinalou saldo positivo de vagas (19.403), enquanto os cortes de vínculos no conjunto do país predominaram sobre as contratações, com saldo negativo correspondente a 33.953 vagas.

Agosto costuma ser um período de forte contratação de mão de obra no Nordeste, em virtude de dois fatores: corte e moagem da cana-de-açúcar e colheita de frutas irrigadas. No presente ano, o saldo do mês é o segundo pior da série iniciada em 2004, tanto no conjunto da economia, como na indústria, superando apenas o balanço de 2015. No primeiro caso, o saldo positivo foi puxado pela Agropecuária, que criou 2.334 vagas. Em contrapartida, o encerramento de 430 vagas no conjunto da Indústria foi fortemente influenciado pela crise da Construção Civil, que cortou 642 empregos no mês. Dentre os quatro grandes setores industriais, este foi o único a apresentar saldo negativo. A indústria de Transformação abriu 151 novos empregos, a Extração Mineral, 59 e os Serviços Industriais de Utilidade Pública, duas vagas. No que diz respeito aos demais setores não-industriais, o Comércio criou dois empregos, enquanto os Serviços cortaram 320.

No conjunto da Indústria, o melhor desempenho do mês foi assinalado pelo agrupamento de Alimentos e bebidas, que abriu 251 vagas (1,47%), principalmente na fabricação de açúcar, no município de Arês. Foi seguida pela Extração mineral, com 59 vagas abertas (0,73%), com destaque para sal marinho, scheelita e argila, em Porto do Mangue, Bodó e Parelhas. O terceiro ficou a cargo do segmento de Calçados, que abriu 29 vagas em Nova Cruz. Ressalte-se, que neste último, 176 empregos foram criados ao longo do ano no município, fazendo o total de empregados do segmento aumentar 48%.

Por outro lado, as 642 vagas cortadas na Construção civil (-1,80%) estavam especialmente concentradas nos segmentos de Construção, Incorporação de imóveis e Montagens de instalações e estrutura metálicas, sobretudo em Natal, São Gonçalo do Amarante e Alto do Rodrigues. Foi seguido com relativa distância pela indústria Mecânica, -67 vagas (-4,94%), principalmente em Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos industriais, em Mossoró e Natal. É importante chamar a atenção para o fato de que parte das vagas cortadas em Montagens de instalações e estruturas metálicas e na indústria Mecânica foram devidas ao processo de desinvestimento da Petrobras no Rio Grande do Norte. Finalmente, em sentido oposto ao esperado para o mês de agosto, o agrupamento industrial de Química, farmacêutica, veterinário e perfumaria, mais especificamente a fabricação de Álcool, eliminou 21 vínculos (-0,45%) no mês.

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